Nem todas as palavras ditas rudemente perante um momento conflitante podem ter seus significados "retirados" depois. Nem toda ação precipitada e exaltada em um momento de raiva poderá ser "desculpada" logo em seguida após causar ferimentos. Nada do que é feito, dito, ou decidido no momento tomado pela fúria das emoções desmedidas e das atitudes impensadas atinge um resultado coerente e favorável, pois desequilibra o senso reflexivo da serenidade e da sabedoria. Mais fácil e menos doloroso do que o "peso do arrependimento", é calar a revolta das indignações, e refletir calmante antes de se tomar quaisquer decisões e atitudes que precisem ser "remendadas" depois, porque nem toda mágoa, decepção, raiva, ou erro cometido, podem ser "anulados" com um pedido de desculpas ou de perdão. Alguns danos, por menores que sejam, muitas vezes se agigantam diante do destempero das emoções, podendo tornar-se "irrecuperáveis", e distanciar ou finalizar nossos laços com pessoas que jamais deveriam se afastar da gente. A "ira e o rancor" são os incentivadores direto de nossos atropelos, de nossos passos errados perante muitas situações, e o "orgulho" é sempre o bloqueador que impede muitos de nossos acertos e o sucesso de muitos de nossos trajetos. Por isso, ser "prudente" é uma das chaves de equilíbrio do nosso autocontrole que devemos usar diariamente para mantermos abertas as portas das relações pacíficas.
A palavra para hoje é DISCERNIMENTO.
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